Essa
semana fiz a última prova que faltava para encerrar o semestre da
faculdade e entreguei o relatório final de atividades do ano no
trabalho. Foi um ano bem puxado no que diz respeito a sacrifícios e
passar por perrengues nervosos devido a compromissos. Em alguns
momentos cheguei a pensar que precisaria de um apoio químico mais
poderoso, remédios mais fortes, mas, graças a Deus, tudo foi se
resolvendo naturalmente enquanto me segurava onde podia para não ser
carregado pela onda.
Agora
faltam poucos dias para que eu possa desfrutar o período de férias
e consiga respirar um ar diferente. Tudo que eu gostaria é de um
encerramento tranquilo de ano, com compromissos leves e expectativa
de um ano melhor em 2020. Mas, infelizmente, no meu trabalho preciso
lidar com destemperos e desequilíbrios advindos de outras pessoas.
Por isso não está sendo possível desacelerar como gostaria antes
de parar. Um monte de ideias “geniais” surgindo nas cabeças
menos capazes e um sentido de urgência generalizado e absolutamente
sem propósito são as medidas utilizadas para encerrar o ano por
aqui. Algo frustrante e realmente irritante, principalmente depois de
tanto trabalho e sofrimento. Em nada essa agitação sem sentido e
sem lógica faz os dias serem proveitosos ou motiva coisas boas. Uma
pena, realmente uma pena gastar tempo com isso. Mas é o que temos
para hoje.
A
única saída para não se encaminhar para um surto nos momentos
finais antes do merecido descanso é fazer o que tenho feito, não
levar nada muito a sério. Tentar não imaginar cenários futuros
baseados nas loucuras de hoje, nem estressar demais com comentários
burros ditos a esmo. Deixar o tempo passar naturalmente e flutuar
entre os afazeres como uma pluma no vento. O que precisava ser feito
já foi feito, os compromissos já foram cumpridos, os prazos já se
encerraram. O que está acontecendo agora é uma sombra do que foi o
ano, um resíduo amargo no fundo do copo. Nada além disso. Por isso,
é mais fácil de desviar o pensamento do que no costumeiro manicômio
que é a rotina de onde trabalho. É só repetir reiteradamente
dentro da cabeça que tudo que está acontecendo agora é bobagem que
será esquecida em breve. Não tem valor. Nada do que for criado
agora, dentre a tonelada de besteiras ditas a cada minuto, realmente
fará alguma diferença no futuro. O jogo agora é esperar o tempo
passar e deixar tudo se organizar naturalmente. Permitir ser
carregado pela corrente e apenas ficar na condição de observador
dos fatos, interferindo o mínimo possível, lutando para não se
aborrecer e nem permitir que se criem pensamentos negativos para o
ano vindouro.
Logo
chegam as férias e com elas o merecido descanso. O ano que vem será
o que tiver que ser. E não há nada que possa ser feito para escapar
de tudo de bom e de ruim que está programado para acontecer. O
pacote é fechado, não editável e integral. Nos restando apenas a
opção de como usar o tempo que nos é dado. Torcendo para que corra
tudo bem e novas vitórias sejam acumuladas no meio de tanta
confusão. É assim que funciona, é o que temos. Saber a hora de se
desapegar do meio e simplesmente “deixar rolar” é uma boa forma
de lidar com um cenário caótico e aparentemente sem propósito. Nem
sempre é a melhor escolha mas, às vezes, é a única opção
realmente possível. E é positivo saber reconhecer a hora de agir
assim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário