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segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Passo no escuro

Sempre levei a vida de um jeito aleatório, buscando aproveitar oportunidades sem planejar muito. Isso me conduziu até aqui, numa situação confortável porém absolutamente incerta. Ao mesmo tempo que eu não gosto do que faço para viver, sei reconhecer o quanto meu trabalho me trouxe coisas boas. Sei que muita gente inveja o que eu tenho, gostaria de estar no meu lugar. Mas Quando penso em como gostaria de utilizar meu tempo, no que gostaria de me dedicar com o foco principal, fico chateado e me sinto preso. Gostaria de estar em outra situação, trabalhando com outra coisa. Embora não fale muito sobre o assunto, tenho sim um desejo do que trabalhar, e já faz um tempo. Mas sempre tomei iniciativas erradas para chegar onde queria. Além de me movimentar muito pouco no sentido do que gostaria de estar fazendo no mundo real. Gasto tempo idealizando mas não fazendo. Acredito que seja esse o motivo principal para até agora as possibilidades de migrar de atividade sejam tão remotas. 

Hoje acordei com a ideia de dar um passo na direção do que eu gostaria que fosse real. Sinto uma necessidade de dedicar meu tempo em algo pessoal, um projeto real que seja como um bilhete de loteria que me habilita a participar do sorteio. Não tem como ganhar na loteria sem apostar, e, nesse caso, não tem como meu sonho se tornar realidade se eu não fizer nada real por ele. É um momento de reflexão antes de decidir mudar. Novamente a vida me chama a corrigir a rota e desta vez vou tentar algo novo. Minha atitude desta vez será ativa, contrariando a passividade do passado. Não vou esperar as coisas andarem para aproveitar alguma oportunidade que surja. Não. Desta vez quero ser um agente consciente de mudança, quero estar à frente do que vai acontecer. Por isso preciso mudar algumas coisas importantes na minha vida. Abandonar hábitos ruins, criar hábitos bons. Mudar de perspectiva e sair da zona de conforto. Preciso arriscar, nem que seja apenas para poder conviver com a ideia de que tentei, ao invés de ficar apenas idealizando.

Não sei bem por onde começar, mas tenho uma ideia e vou trabalhar por ela. E que venham as novas aventuras.



Recomendações: Jogue Dark Souls 2; Coma salada de frutas; Escreva algo que crie um compromisso de melhorar.

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Upando a Build

Aprendi a tomar certos cuidados ao longo da vida. Coisas que, acredito, só vem com a idade. De fato, no geral é muito bom envelhecer. Ao mesmo tempo que é ruim perder o frescor e o vigor físico da juventude, é imensamente prazeroso amadurecer e entender melhor a vida e seus acontecimentos. Aprendi muito com tudo o que passei e hoje estou no que acredito ser o momento mais consciente que já tive, pelo menos até aqui. Aprendi a escolher melhor minhas companhias, a retribuir o bem proporcionalmente e a evitar fazer o mal mesmo contra quem mereça. Aprendi a ser mais responsável com o dinheiro que ganho com muito custo, a usar o tempo de forma mais inteligente. A nutrir bons relacionamentos com quem é de verdade, olhar por cima dos preconceitos quando lidar com pessoas no mundo real. Não usar bebida ou qualquer outra substância como muleta ou brinquedo favorito, não comer guloseimas todo dia, não abusar da paciência das pessoas e nem invadir o espaço alheio. Aprendi a respeitar as diferenças de ponto de vista, a me afastar de gente que eu gosto mas que minha presença não agrada tanto, a cumprir com as promessas e não prometer o que não pode ser cumprido. Tantas coisas que o meu eu do passado, se soubesse, não teria cometido tantos erros. Sou o resultado de inúmeras cabeçadas e tropeços ao longo de uma vida bastante peculiar. 

Vivo agora um momento bastante contemplativo, onde sinto alegria em poder ter o privilégio de várias vantagens. Agradeço por poder dormir todas as noites sobre um teto estável, em uma cama boa e cercado de objetos que me auxiliam em tudo o que preciso. Tenho pessoas absolutamente insubstituíveis no convívio diário e nas relações mantidas à distância. Acompanho histórias, escrevo pensamentos, medito com clareza sobre os passos que dou. Sonho, de fato sonho. Muito além de simplesmente desejar algo é sonhar com uma realidade. Posso me dar a esse luxo hoje em dia. E faço isso de forma totalmente sóbria, esperançoso, apaixonado. Viver passou a ser bem mais do que simplesmente existir. E isso se deve a tantos fatores que nem arrisco a tentar enumerar. Dentre os quais certamente está a maturidade. Foram muitos anos até as coisas começarem a clarear diante dos olhos. E agora enxergo bem melhor.

Se pudesse dar conselhos a mim mesmo no passado, ficaria indeciso sobre o que escolher dizer. Talvez dissesse para ser mais cuidadoso com as decisões, para conter a raiva e as palavras, para escolher melhor a quem dar atenção. Quem sabe orientar sobre finanças pessoais e sobre não exagerar nos excessos. Seria útil. Mas não sei até que ponto isso mudaria o caminho por onde trilharia. Penso que muita coisa ruim aconteceu porque era o melhor para mim naquele momento. No fim das contas, tudo que aconteceu foi pro meu bem. Sobreviver a tudo, superar a tudo, lidar com tudo me ajudou a estar aqui agora, ouvindo uma música calma e escrevendo no meu blog. No fim das contas, posso dizer que deu tudo certo, que está tudo bem. Que sigo no jogo apesar dos deslizes. E isso é bom.

Mal posso esperar para ter ainda mais clareza, mais maturidade, ser mais experiente e estar mais preparado para o que vier. Vejo a vida assim, como um grande jogo de RPG que jogamos pela primeira vez, onde vamos progredindo nossas árvores de habilidades de acordo com os pontos de experiência acumulados nas missões. E com isso, apesar do jogo se tornar gradualmente mais difícil conforme avançamos no enredo, nós estamos mais fortes e lidamos com problemas mais complexos, coisa que não seria possível com a configuração inicial dos nossos pontos. Sempre evoluindo, sempre aprendendo, e aproveitando cada vez mais cada batalha e cada conquista.



Recomendações: Ouça um audiolivro legal; Assista o filme “O Último Samurai” (2003); Compre e use chinelos bem confortáveis.


segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Tempo

Usar bem o tempo é uma ferramenta importante para mudar o que não está de acordo na vida. Geralmente o tempo livre é escasso e os compromissos ocupam a maior parte do período em que estamos acordados. Por isso é importante usar conscientemente as horas e minutos que não estão comprometidas, já que são o espaço disponível para usar segundo a vontade. O resto todo é imposto.

Infelizmente não sou lá uma pessoa muito disciplinada, não ocupo o tempo vago com coisas úteis no tanto que gostaria. Embora saiba que preciso me dedicar aos estudos, a melhorar a qualidade do meu trabalho, fazer exercícios físicos e coisas assim, a prática mais frequente nas horas vagas é descansar, seja lendo algo por lazer, assistindo um filme ou simplesmente dormindo. Me sinto culpado por isso, creio que muita coisa melhoraria se eu usasse 100% do meu tempo livre para evoluir. Mas não consigo. É preciso ânimo para fazer o que é preciso e atualmente não tenho tido muito. Ajo por obrigação, faço o que é preciso, e folgo sempre que posso. No momento não tenho motivação para nada além do básico. Vivo no piloto automático, cumprindo as tarefas obrigatórias e usufruindo do conforto disponível. Por mais deprimente e errado que isso seja.

O texto de hoje vem assim, sem ânimo. Apenas para registrar o que sinto nesse momento a respeito de como estou levando a vida. Quase um produto industrializado, com código de barras e tudo mais. Fruto de uma linha de produção mecânica.

No fim, cumprir prazos é a única coisa que aprendi a fazer cegamente. Não importa o que esteja sendo feito, não importam os motivos, os prazos devem sempre ser cumpridos. É uma lei que só aprendi a respeitar depois de adulto e que define muito do que acontece de bom e de ruim na vida. O esforço pode ser medido pela perseverança e é fazendo o que é preciso que os resultados são formados. Há quem cumpra a qualquer custo o que deve e há quem encontre justificativas para não fazer. Depois de refletir sobre o que queria pra mim, escolhi ser a primeira opção.

Oro para que o futuro seja melhor, que traga ânimo e inspiração. Que eu consiga evoluir e superar as dificuldades internas que me impedem de progredir. E para quem se identifica com algo que eu disse hoje, saiba que não é preciso odiar a si mesmo por estar assim. É tudo parte do todo. Nem sempre as coisas são como deveriam ser.



Recomendações: Leia o poema “Opiário”, de Fernando Pessoa (Álvaro de Campos); Assista o clipe da música “No one there” da banda Sentenced; Cometa um excesso gastronômico.


segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Escrever

Escrever neste blog é algo que faço somente pela satisfação de fazer. É bom me dedicar a construir algo que seja em si o motivo do trabalho. Passo meus dias me dedicando a trabalhar em projetos de outras pessoas e estudando matérias que acho chatas visando um dia reverter todo esforço em uma nova realidade profissional. Quase todo o tempo que disponho na vida acaba sendo dedicado a coisas que me sinto obrigado a fazer por razões externas. Com esse blog a história é diferente. Aqui eu faço por prazer, por necessidade pessoal de escrever. Estou acumulando textos escritos em momentos diferentes da vida apenas para que eles existam e, com alguma sorte, sejam lidos por alguém. É o tempo que separo na semana para ser eu mesmo, para construir algo pessoal. Meu projeto pessoal, meu hobby, minha válvula de escape. 

Tenho necessidade de me expressar desde sempre e a forma de expressão que me é mais acessível é a escrita. Quando transformo os pensamentos em palavras parece que estou organizando as coisas dentro da minha cabeça, abrindo espaço entre as formas e pensamentos. Por isso, sempre mantive diários ou anotações ao longo da vida. Tentativas de trazer para fora um pouco da pressão que interna, como o vapor que sai barulhento de uma panela de pressão. Por vezes não encontro um ponto claro na última semana para contar e refletir. Em meio aos incontáveis acontecimentos e informações que tive acesso enquanto cumpria com minhas obrigações, nenhum me pareceu especial ao ponto de ser registrado. Mesmo assim o impulso de escrever lateja na minha mente. Preciso pôr algo para fora, preciso criar algo. Então seleciono uma trilha sonora, me acomodo bem em frente ao computador e deixo os dedos se moverem livremente em busca de significado, formando frases que se conectam tão harmonicamente quanto possível.

Na adolescência eu costumava ter alguns cadernos secretos, que escondia nas profundezas do meu quarto, onde eu desabafava e escrevia tudo que vinha à mente. Frustrações, reflexões, pseudo poemas, desenhos, confissões de coisas que pareciam verdadeiramente sérias naquela época. Os temas eram variados mas existia uma constante: o esforço para manter a sinceridade, para não me deixar levar pelo que eu gostaria que fosse ao invés do que era de fato. Vez ou outra alguém da minha família encontrava um caderno desses e passava um tempo me dando indiretas ou fazendo comentários sobre o que leu, o que me levava a destruir tudo, geralmente queimando as páginas em um ritual pessoal noturno no quintal. Com o tempo tive vários cadernos e acumulei pedaços de papel onde anotei coisas que julguei importantes mas que se perderam com o tempo. Quando passei a ter acesso à um computador com certa frequência, no trabalho, minha primeira iniciativa foi a de começar um blog chamado “Chuva de Lágrimas” onde repetia exatamente o mesmo perfil utilizado para escrever nos cadernos. Publicava pensamentos, postava imagens extraídas de sites, colava letras de músicas e qualquer coisa que viesse à mente, ignorando na época o fato de que pessoas desconhecidas provavelmente leriam e julgariam o que eu escrevia. Tudo sem me importar com direitos autorais e coisas sérias da internet, eram outros tempos. Depois disso tive outros blogs, uns um pouco diferentes em sua proposta, algumas vezes tentei envolver mais pessoas na ideia de um grande blog temático, mas os projetos nunca duraram muito tempo. Provavelmente porque a necessidade de escrever não é uma coisa comum a outras pessoas.

Ao longo dos anos mantive algumas anotações em redes sociais e em blogs que nunca divulguei. Era minha forma de liberar pressão. Mas nunca mantive um projeto de forma ordenada, nunca me impus um compromisso de escrever e publicar. Por isso, quando meu amigo me chamou para começar este projeto, mesmo sabendo que a era dos blogs já passou, eu aceitei começar a postar pensamentos de forma periódica. Mesmo eu tendo feito o que faço aqui aleatoriamente ao longo da vida toda, eu não construí nada minimamente estruturado com o que escrevi. Foi tudo jogado ao vento sem motivo de ser. Apenas pequenas explosões que evitaram explosões maiores, mas sem uma lógica que unificasse o pensamento ou mesmo que fosse possível extrair algo útil. Não desprezo o que já escrevi por aí, mesmo as besteiras que disse por burrice e imaturidade, mesmo as coisas que gostaria de não ter dito, nada disso eu renego. Mas sinto que por causa deste projeto, deste blog, chegou o momento de eu dedicar algum tempo sério para essa necessidade de escrita. Preciso ordenar os pensamentos e focar o potencial em algo. Por isso sigo postando aqui as coisas que me ocorrem. Tento manter a frequência e manter um mínimo de capricho nos textos (apesar das ferramentas deste blog serem bem bugadas e insatisfatórias). Esta é a minha primeira iniciativa séria de manter um blog pessoal, é a realização de um desejo muito, muito antigo. A simples existência do blog é o motivo final dele existir. Ter o compromisso de vir aqui e dizer algo que tenha a ver com o enfrentamento das minhas batalhas pessoais, compartilhar reflexões, sugerir ou simplesmente comunicar ideias, é o motivo final de escrever. É algo que faço por mim mesmo, algo pessoal e íntimo que não tenho problemas em tornar público. 

Dentre todos os meus afazeres, compromissos, projetos e trabalhos, este é o único assim, o único que faço porque realmente quero fazer, não por me sentir obrigado. E tem sido bem importante conseguir manter as coisas funcionando apesar das paradas. Me faz bem saber que pelo menos uma parte do meu tempo está sendo gasta com algo que é um desejo sincero, uma manifestação legítima de mim mesmo. Fora daqui tudo tem outras razões, tudo tem outro embasamento. Aqui tudo é realmente meu, realmente eu. O que satisfaz tanto a necessidade de me expressar quanto realiza o sonho de escrever para ser lido. 

Há quem pratique esportes, quem seja viciado em algo, quem se dedique à arte. Eu escrevo, é o que gosto de fazer. E faço porque que gosto, porque tenho necessidade, porque sinto que devo. E esse blog é a semente que estou plantando hoje esperando que cresça e vire uma grande árvore no futuro. 



Recomendações: Ouça a música “Um bom lugar” do rapper brasileiro Sabotage; Zere o jogo Detroit: Become Human (2018); Elogie o trabalho de alguém.